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Campo Norte da Quinta do Lago

A Quinta do Lago passou por uma metamorfose notável desde a década dos anos 70, período em que o visionário André Jordan desenvolveu este conceito. Evoluindo para um exclusivo resort de golfe, este pequeno paraíso está inserido em aproximadamente 2000 hectares de campos verdes e pinhais, junto às margens do Oceano Atlântico e do Parque Natural da Ria Formosa.

Em 1974, o arquiteto de golfe americano William Mitchell elaborou o ‘layout’ inicial dos 27 buracos para o projeto do campo de golfe da Quinta do Lago, integrando ‘greens’, ‘bunkers’ e ‘tees’ alinhados aos padrões americanos, pioneiro na região do Algarve.

Ao longo dos anos, o Campo foi sendo ampliado e melhorado. Em 1989, foram acrescentados 9 buracos pelos arquitectos Joseph Lee e Rocky Roquemore, tendo delineado os campos Norte e Sul. Os 9 buracos originais tornaram-se no campo Norte e os 2 primeiros buracos originaram o campo Sul. No início dos anos 90, Joe Lee acrescentou mais tarde um novo campo com o atual percurso dos buracos 6 a 14. Em 2003, o Campo Norte sofreu alterações substanciais sob a direção de Rocky Roquemore.

No final de 2013, o Campo Norte encerrou temporariamente para a realização de uma colossal renovação liderada pelo arquiteto Beau Welling, em colaboração com o capitão europeu da Ryder Cup, Paul McGinley. Com um investimento de 9,6 milhões de euros, o plano de renovação seguiu especificações rigorosas de modernizar todas as infraestruturas do campo, melhorar a acessibilidade e implementar soluções sustentáveis na gestão da água e da relva. Esta remodelação englobou a reconstrução de ‘greens’, ‘tees’, ‘bunkers’, sistemas de irrigação e drenagem, dos percursos de carrinhos, utilizando sempre tecnologia de ponta de forma a concluir este projecto em menos de ano.

Sempre tendo em mente o objetivo primordial de desafiar os entusiastas do golfe, foram desenhados ‘greens’ ondulados, complementados por bunkers estratégicos e obstáculos de água. Sendo o buraco 12 o momento mais marcante do percurso de Campo Norte, par 4 que se estende por 361 metros, ladeado por um lago de 1 hectare, oferece um desafio que se evidencia pela abordagem singular de como contornar o lago, exigindo dos golfistas uma tacada de aproximação desafiante para um ‘green’ amplo e ondulante.

Por forma a minimizar o impacto ambiental, a estética do campo foi visivelmente reforçada através da utilização de relva longa da espécie "Eragostis curvula", vulgarmente conhecida como "Weeping Lovegrass", com o objectivo de "emoldurar" o campo e estabelecer novos habitats para espécies nativas, utilizando-se água reciclada do estuário da Ria Formosa e energia solar para a manutenção do Campo.