Discreto, rápido, e com vasta experiência no mercado
Qual é a função por si desempenhada dentro da Engel & Völkers?
Até 2019 eu era responsável pela Expansão e Apoio de todas as licenças correspondentes à Península Ibérica. A equipa que se encarrega da venda de franquias e de lhes oferecer um apoio pleno para lhes assegurar um maior crescimento no menor tempo possível.
Por isso, a equipa de Gerentes Regional centrou-se no desenvolvimento, ajuda, benchmarking e em compartilhar as melhores práticas.
Desde 2019, como Diretora de Operações, dedico grande parte do meu tempo ao desenvolvimento e crescimento do último centro de operações: o Market Center de Lisboa (MC). Ativo de uma maneira efetiva desde Setembro, é o nosso maior desafio para este ano. Um mercado no seu auge, não só no que respeita ao número de transações mas também nos seus preços, em constante aumento, que atraíram uma concorrência feroz.
Finalmente, outra das minhas tarefas para 2019 será fazer, por vezes, de ponto de conexão com a Private Office na Ibéria. O Private Office fornece o serviço aos nossos clientes VIP pela mão dos assessores mais experientes.
Prevê um bom ano para as habitações de luxo?
Em 2018 previa-se um ano de importante crescimento para a marca nesta zona da Europa e, por sorte, as expetativas não foram defraudadas. Como dado curioso, é necessário ressaltar que não só o mercado de primeira e segunda habitação teve bons resultados como, além deles, o de terceira habitação mostrou também grandes avanços face aos de anos anteriores. Este facto manifesta que nos encontramos num ciclo de bonança económica. O acesso ao crédito facilitou o acesso à compra de casas de valores mais elevados do que nos anos anteriores. As zonas costeiras mais luxuosas continuaram a mostrar um aumento médio dos preços, apesar de que o número de casas transaccionadas tendeu a ser consistente.
Os preços das habitações em Espanha e Portugal apresentaram aumentos consideráveis em 2018. Podemos esperar a mesma tendência em 2019?
Nós estamos otimistas, porque quando a economia é saudável, o mercado imobiliário prime também o é. Esperemos que dure a fase de bonança económica ainda além de 2019, embora exista sempre o clichê de que o mercado de luxo é o menos afetado durante a crise.
Quais serão as principais diretivas a nível económico para a Engel & Völkers em 2019?
Quando se fala de crescimento em 2018 tal deve ser beneficiado porque, apesar de esta ter sido a tendência geral, não o é de forma uniforme e torna-se essencial especificá-lo para se entender quando os preços vão ascender.
Por nos encontrarmos num próspero ciclo económico, que se presume poder estender-se para o ano de 2019, indo à espera de eventuais alterações nas taxas de interesse europeus, não implica que o aumento do número de operações transaccionadas e os preços vá acontecer de uma forma uniforme em todo o território. Assim, cidades como Barcelona ou Valência, com grande dependência do cliente estrangeiro, vão ver preços e transações a crescer de uma forma mais moderada. O mesmo aplica-se em Madrid, embora não na periferia ou nas cidades de menor dimensão.
Um mercado muito maduro, como as Ilhas Baleares, com preços muito elevados, enfrentará uma redução na procura, que se irá dirigir para outras áreas costeiras mais acessíveis, mas manterá os seus clientes de luxo.
Na atualidade, a economia espanhola e a portuguesa têm uma grande interdependência europeia e dependem da evolução económica em países como Alemanha, Reino Unido, Holanda, França ou Bélgica. O regime fiscal dos beneficiários destes investidores e dos países de origem, conduzirá às flutuações que afetam diretamente o investimento em imóveis e ainda mais no caso de compras de habitações secundárias ou destinadas ao investimento.
Face aos investidores interessados no mercado imobiliário... Que conselhos daria a uma pessoa que quer investir no setor imobiliário? Quais são os principais fatores que devem ser avaliados antes de realizar qualquer investimento?
Esta é uma pergunta certamente difícil. No caso de um particular, o melhor momento dependerá de circunstâncias pessoais, mas certamente, o acesso ao crédito e as condições do mesmo serão decisivos. Na verdade, agora é um bom momento, se bem que as habitações não estão aos preços mais acessíveis para se obter um retorno imediato, mas será possível obtê-lo a médio / longo prazo.
Se, pelo contrário, nós estamos a falar sobre o perfil um investidor profissional, que quer o máximo desempenho, sem estar limitado por períodos de tempo, este deve tentar comprar quando os preços são mais baixos e em áreas menos centrais, mas nas quais se adivinhe potencial futuro, como a periferia das grandes cidades.
Para aqueles que consideram que o seu nível de risco é menor, o centro das grandes cidades é sempre uma aposta certa, pois tem uma alta rentabilidade para ser arrendado e a possibilidade de efetuar uma venda em quase qualquer momento, pelo contrário, o preço de venda é sempre mais elevada do que em outras zonas menos estáveis.
O investimento nas áreas de residências secundárias muitas vezes tendem a levar consigo fatores de ordem pessoal e de prazer pessoal que somam várias variáveis complexas e que podem dar origem a que se obtenham importantes receitas.
Por esta razão, os fatores mais importantes para fazer um investimento tem a ver com as expectativas do próprio, o tempo de que se dispõe para as rentabilizar e o acesso ao crédito.
Finalmente... a Engel & Völkers tem uma presença em mais de 30 países… Qual é o peso que têm Espanha, Andorra e Portugal e nível de benefício, quando comparados com outros países?
A Península Ibérica tem um grande peso para a empresa. Certamente, não só a primeira loja fora da Alemanha se abriu nas Ilhas Baleares, que é onde reside o Sr. Völkers durante um grande período do ano, como também Espanha se assumiu como o país onde se abriu o primeiro MC do mundo. Depois do MC de Barcelona seguiram-se muitos mais, sendo a Península Ibérica o local que alberga mais MCs da Engel & Völkers no mundo.
Atualmente o mercado americano está a ganhar peso no que respeita ao número de franquias e faturação, mas ainda não derrubou o espanhol no que diz respeito ao seu contributo para a marca.